palavras do Guruji

viagens pelo mundo afora e pelo universo dentro de mim


"Você não precisa viajar a um lugar remoto para buscar a liberdade; ela habita seu corpo, seu coração, sua mente, sua Alma. A emancipação iluminada, a liberdade, a pura e imaculada felicidade estão a sua espera, mas você precisa escolher embarcar na jornada interior para descobri-las."
B.K.S. Iyengar em Luz na Vida

28 de julho de 2008

meditar todo dia

Fiz um pacto comigo mesma: meditar pelo menos 20 minutos de 22 julho até cinco de agosto. O período foi determinado por um transito astrológico que achei bem propício a meditação e como eu andava bem preguiçosa, a astrologia deu a forcinha que faltava.
Nesses dias, o planeta Mercúrio está passando pela Casa 12 do meu mapa natal. Segundo os astrólogos, neste período estou fechando um ciclo pessoal de Mercúrio. Essa fase pede recolhimento, introspecção. Este é um período necessário de auto-análise, e ideal para eu me voltar com muita intensidade para este processo de auto-conhecimento. Bingo! Nada mais apropriado do que mergulhar na meditação.
É curioso: parar 20 minutinhos que sejam do nosso dia pode parecer moleza, mas na pratica é outra história. Tem fases que é mais fácil, mas em outras é punk encontrar a disciplina. Um dia sim, outro não, dois sim, cinco não, assim até é mais fácil, mas todos os dias, não é moleza não.
Prefiro meditar de manhã, depois do banho, mas antes de todo o resto. As vezes —tipo hoje que sai correndo de casa pra produtora—vou ter que praticar quando chegar em casa. Aí é difícil, porque tem a televisão que fica me chamando, o Sudoku que “preciso” terminar ou o livro maravilhoso que estou lendo...
O que quero mesmo é meditar todo dia, ver se engato a 1ª e as outras marchas vem mais facilmente. Comecei assim, estipulando um período bem curto pra meditar (menos de 15 dias, 25 minutos cada dia) para ver se pego no embalo e consigo passar meses meditando todos os dias, faça chuva ou faça sol.

Agora vai uma sessão tipo Serviços (afinal, não dá pra negar minhas raízes jornalísticas):
Pra receber seus trânsitos astrológicos gratuitamente ou fazer seu mapa de nascimento (é bem baratinho!), entre no site http://personare.com.br/
E pra quem quer meditar e se interessa por budismo, mas não sabe bem por onde começar, uma boa pedida é iniciar com a Comunidade Zen Budista Zendo Brasil http://www.zendobrasil.org.br/. Sua fundadora, a monja Coen é uma pessoa incrível, e as praticas de meditação são bem interessantes. Faz tempo que não apareço no templo — desde que a sede mudou de endereço, uma vergonha! — mas recomendo.
Meditação também é uma pratica comum na tradição do Yoga. Existem linhagens mais focadas nessa prática do que outras, mas todas elas reconhecem a importância da meditação, ou como caminho pro auto conhecimento, ou de união com o Eu interior, ou de ampliar a consciência, ou pelo simples fato da gente se sentir muito bem quando medita com regularidade.

22 de julho de 2008

Fish pedicure treatment

Recebi essa foto por e-mail de um banco de imagens que sou cadastrada, o Image Plus (http://www.imageplus.com.br/). A legenda falava de um tratamento de "fish pedicure". Fish pedicure? O que é isso? Vendo essas três mulheres sentadas com os pés em tanques de água cheio de água, enquanto os peixinhos se divertem — será? — fazendo o pedicure delas (?!) me vez lembrar da animação Wall-E (http://disney.go.com/disneypictures/wall-e/). No filme da Disney, a Terra virou um imenso lixão e os humanos vivem exilados em uma gigantesca nave espacial, com robôs fazendo tudo pra eles. Por serem sedentários e viverem longe das forças da gravidade, os humanos do futuro previsto no filme são bem gorduchos e não conseguem se locomover sozinhos.

Respirar é tudo

Ontem foi dia de banho pros meus cachorros. Cheguei em casa morta de saudade e louca pra vê-los limpinhos e super felizes. Eles adoram! Brincamos, beijamos, uma verdadeira festa.

Logo em seguida, comecei a espirrar e tive uma baita crise de bronquite. Um saco! Fazia quase um mês que não me faltava o ar. Tomei duas bombadas de Seretide e em alguns minutos, estava respirando normalmente.

Como respirar direito é importante. Quando a respiração fica difícil bate a maior tristeza, é muito ruim. O mais louco é que muita gente não sabe respirar. Como o processo é automático, a gente nem dá atenção pro ar entrando e saindo das narinas — pois é, as narinas servem para respirar e a boca pra falar e comer!

Fiquei pensando que talvez ter bronquite desde criança tenha servido pra alguma coisa: aprendi — na marra — que nossas emoções estão ligadas com a nossa respiração. Se respiramos profundamente, com calma, a mente vai junto, fica quetinha. Do contrario é só confusão e raiva. O yoga também ensina isso, mas talvez eu dê ainda mais valor pra respiração por causa das crises de falta de ar.

Ontem fiquei tão feliz apenas de respirar depois da crise. Foi tão bom encher os pulmões e depois esvazia-los sem pressa, depois mais uma vez, inspirar, expirar, inspirar mais uma vez...

A Jori, a Piu e o Chai adoram tomar banho, quando a gente chega eles ficam se mostrando, orgulhosos de estarem tão limpinhos!

21 de julho de 2008


Intensivo de Iyengar Yoga com Laurent Dauzou

O workshop começou na 6ª feira, às 20:15. De manhã, acordei meio gripada, com dor no corpo, espirrando. Preferi não ir no primeiro dia de curso, dormir cedinho e descansar para aguentar os outros dois dias - duas praticas diárias de 3h30 cada, delicioso!
No sábado, fiquei sabendo que a prática do dia anterior foi muito boa e que acabou as 23h – fiquei feliz de ter ido dormir às nove horas da noite! Estava bem descansada e recuperada para as práticas de asana e pranayama. Finalizamos o dia em Savasana enquanto Laurent nos guiava em um maravilhoso relaxamento final. Tudo de bom!
No domingo, iniciamos com meditação e em seguida demos continuidade ao trabalho com os asanas iniciado no começo do workshop. Depois do almoço, mais asanas, relaxamento final e uma meditação para encerrar.
No sábado até esqueci que a câmera fotográfica estava no bolso do casaco. No dia seguinte, mesmo estando louca pra fotografar a gente praticando, acabei me empolgando com a prática e fotografando bem pouco. Aquela foto bacana da sala cheia, com todo mundo fazendo o mesmo asana vai ficar pro próximo workshop.

Adho Mukha Vrksasana

Urdhva Dhanurasana

Workshops assim são sempre muito gostosos. Reencontramos yogis que não vemos há algum tempo, conhecemos outros. É uma boa oportunidade de aprofundar a prática, trocar experiências com pessoas de backgrounds bem diferentes e, nesse intensivo em especial, passar uns dias na companhia do professor francês Laurent Dauzou, uma pessoa muito especial, carinhosa e que tem uma visão do yoga e da vida muito interessante.

Pra saber mais sobre o professor e seu estúdio em Paris acesse: http://www.anjaliom.com/

Para saber de outros workshops no Yoga Flow, http://www.yogaflow.com.br

18 de julho de 2008

Le Scaphandre et le Papillon


No almoço, uma amiga querida comentou sobre o filme. Ela não assistiu, mas tinha ouvido falar que é sensacional. Estava tranqüilo de trabalho na produtora e decidimos assistir. À tarde. Quer coisa melhor?
Valeu muito a pena! O filme é belíssimo, bastante aflitivo, confesso, mas de uma sensibilidade tocante. Em muitas cenas, a gente enxerga literalmente com o olho do personagem principal. E a trilha sonora também é ótima!
Vejam o trailer em http://www.lescaphandre-lefilm.com/


Antes do filme começar apareceu uma legenda na tela dizendo que é proibido fotografar ou gravar lá dentro. Bom, nessa cena estava tocando Ultraviolet do álbum Achtung Baby do U2 e não resisti.

Deu até pra sentir o vento na cara deles, viajando de carro. Quando eu morei em Los Angeles, em 91 – puts, faz um tempão – eu ouvia esse som direto no fone de ouvido andando de patins. Sabe aqueles patins in line? Maior curtição, andava pela orla de Venice Beach até Malibu. Mas faz tempo e a memória vai falhando.
O filme fala da memória...
Me fez lembrar também que teve uma época que eu tinha uns pesadelos recorrentes. Neles, eu simplesmente não conseguia me comunicar. Ou a voz não saia, ou as pessoas não entendiam o que eu estava falando, ou eu não falava a língua deles. Super frustante. Eu sofria horrores.
E não é que acontece isso com o personagem do filme.